Reflexões sobre o momento atual no Estado de SP

Há um fator básico central que deve ser destacado, pois está ocorrendo, efetivamente, um êxodo da capital para o paradisíaco interior deste poderoso Estado, líder absoluto desta sofrida nação.

Os efeitos da pandemia da Covid-19, ainda refletem na economia global, mas um setor ainda brilha aos olhos dos investidores empreendedores. Seja em nível nacional ou global, as startups continuaram divulgando captações recordes no acumulado dos primeiros seis meses de 2021 e deixam o mercado com os olhos voltados à tecnologia.

De acordo com o relatório Inside Venture Capital, divulgado pela Distrito, US$ 5,2 bilhões foram investidos em startups brasileiras apenas no primeiro semestre. O montante representa um recorde histórico, já com crescimento de 45% em comparação ao ano de 2020. Na comparação isolada dos primeiros seis meses do ano passado, a alta soma 299%.

E neste mar azul, um destaque especial são as fintechs, que despontaram como líderes em número de operações – segundo o relatório, foram 24, movimentando US$ 249 milhões, número esse que abarca também as proptechs.

Nos últimos anos, o crescimento das fintechs vinculadas ao mercado imobiliário deu origem ao termo “proptech”, impulsionado pela pandemia. Para se ter uma ideia do crescimento exponencial desse segmento, de acordo com a quinta edição do Mapa das Construtechs e Proptechs, lançado pela Terracotta Ventures, em abril de 2021, o número de startups de tecnologias voltadas aos setores de construção e mercado imobiliário cresceu 19,5% em relação a 2020 e 235% se comparado ao primeiro mapeamento, em 2017.

Essa maré de inovação aponta uma aposta no setor imobiliário, que se mostra consistente e seguro. As proptechs atuam em todas as etapas do ciclo de vida deste setor, seja em produtos ou nos serviços, inclusive oferecendo oportunidades de investimento imobiliário no exterior – com rendimentos que chegam a 9% ao ano.

É o caso da Bricksave, plataforma de crowdfunding imobiliário mundial, que já conta com mais de 100 imóveis distribuídos em cidades como Miami, Chicago, Detroit, Viena, Barcelona e Lisboa. Após um ano de início das operações no Brasil, o foco está na venda de imóveis individuais a serem adquiridos por compradores e, em breve, a partir da obtenção das autorizações regulatórias necessárias, expandir localmente seu modelo de negócios para o crowdfunding.

Em 2021, a proptech ultrapassou 100 imóveis e US$ 10 milhões sob gestão, uma grande meta alcançada para recompensar a confiança do investidor. Este crescimento sustentado responde à automatização e transparência dos processos, que incluem atendimento personalizado e serviços-chave na mão de profissionais com experiência em empresas como JP Morgan e Citibank. Com mais de 6 mil usuários registrados de 19 nacionalidades diferentes, a plataforma registra taxa de reinvestimento em torno de 70%.

Os bons números demonstram que a democratização do mercado imobiliário é uma realidade, onde as proptechs são o caminho para um investimento acessível, descomplicado e transparente.

Carlos Affonso Maggioli Mader

CEO – QUANTUM CONSTRUÇÔES